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    Tratar pressão alta pode reduzir risco de demência, diz estudo

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    Tratar adequadamente a pressão alta pode reduzir o risco de demência e de comprometimento cognitivo, de acordo com um estudo publicado na Nature Medicine, renomada revista científica. As descobertas foram divulgadas na segunda-feira (21) e destacam a importância do controle intensivo da hipertensão.

    Pesquisas anteriores mostraram que o número de pessoas com demência no mundo aumentará de 57,4 milhões, em 2019, para 152,8 milhões até 2050, com maior impacto em países de baixa e média renda. Existem evidências que mostram que mudanças no estilo de vida, com a adoção de uma dieta saudável e a prática regular de exercícios, são maneiras de evitar o declínio cognitivo, mas poucos estudos testaram os efeitos de medicamentos que reduzem a pressão arterial sobre o risco de demência.

    Diante disso, pesquisadores testaram a eficácia do controle da pressão arterial em 33.995 pacientes de 40 anos ou mais com hipertensão não tratada, em aldeias na China rural.

    No grupo de intervenção (ou seja, aqueles que receberam tratamento), 17.407 pacientes tomaram medicação anti-hipertensiva e receberam orientação de saúde sobre monitoramento domiciliar da pressão arterial, mudanças no estilo de vida (perda de peso, redução de sódio na dieta e redução de álcool) e adesão à medicação.

    Já no grupo controle (aquele que não recebeu tratamento), os participantes foram treinados apenas para o gerenciamento da pressão arterial e tiveram a pressão medida em um ambiente de saúde.

    O estudo durou 48 meses, período em que os autores descobriram que o grupo que tomou medicação anti-hipertensiva obteve um melhor controle da pressão arterial do que o grupo controle. Segundo os pesquisadores, o gerenciamento intensivo da pressão arterial reduziu o risco de demência por todas as causas em 15% e o de comprometimento cognitivo em 16%.

    As descobertas sugerem que intervenções comprovadas destinadas a reduzir a pressão arterial podem ajudar a reduzir a incidência e o impacto global da demência, e que essa intervenção deve ser amplamente adotada e ampliada para reduzir o número de pessoas com a condição no mundo.

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