O dólar caiu mais de 1% após decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que cortou 0,50 ponto percentual das taxas de juros do país. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, beira à estabilidade, também à espera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro, onde o mercado espera um aumento da Selic.
A taxa fica agora na faixa de 4,75% e 5,00%, sendo a primeira vez desde 2020 que a autoridade monetária faz uma redução.
Às 15h20, o dólar recuava 1,07%, cotado às R$ 5,427. Na terça-feira (17), a moeda fechou o dia cotada a R$ 5,567, com uma perda de 0,89%.
Já às 15h30, o Ibovespa se encontrava estável, sem avanço ou recuo, aos 134.961,23 pontos. Na última sessão, o principal índice do mercado doméstico encerrou com avanço de 0,64%, aos 134.881 pontos, em linha com valorizações em Wall Street e nas principais praças da Europa.
O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) anunciou um corte de 0,50 ponto percentual nas taxas de juros do país nesta quarta-feira (18), que fica agora na faixa de 4,75% e 5,00%. É a primeira vez desde 2020 que a autoridade monetária reduz as taxas.
Decisão marca virada crucial para economia americana e era amplamente esperada pelo mercado. A taxa ainda é a maior desde 2007.
Selic no Brasil
No cenário nacional, o mercado aguarda ainda nesta quarta-feira a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) após o fechamento dos mercados, em que se espera uma alta de 25 pontos-base na Selic, atualmente em 10,50% ao ano.
A perspectiva de alta na taxa de juros do Brasil, somada ao início de um ciclo de afrouxamento no Fed, tem ajudado o real em sessões recentes. A moeda brasileira registrou o quinto dia consecutivo de ganhos frente ao dólar na véspera.
“Essa dinâmica de queda de juros nos Estados Unidos e alta de juros no Brasil pode dar um certo alívio ao nosso real frente ao dólar nesses próximos meses”, disse Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos.
O aumento no diferencial de juros entre Brasil e EUA, em tese, favorece o real, uma vez que o torna mais atrativo para investimentos.
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