terça-feira , 20 maio, 2025
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    Mounjaro leva a uma perda de peso 47% maior em comparação ao Wegovy

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    Entre os novos medicamentos para tratamento da obesidade, o Mounjaro (tirzepatida), da Eli Lilly, e o Wegovy (semaglutida), da Novo Nordisk, estão entre os mais populares. Apesar de ambos serem eficazes, o Mounjaro promoveu uma perda de peso relativa 47% maior do que o Wegovy, segundo dados de um novo estudo clínico anunciados nesta quarta-feira (4).

    Segundo o trabalho, a tirzepatida levou a uma perda de peso de 20,2%, superior quando comparada a 13,7% de semaglutida. Após as 72 semanas do estudo, o Mounjaro mostrou-se superior à semaglutida no desfecho primário e em todos os cinco desfechos secundários principais do estudo.

    O trabalho, chamado SURMOUNT-5, foi um estudo clínico de fase 3B — que atesta sua eficácia e segurança em uma grande quantidade de pacientes — realizado em adultos com obesidade, sobrepeso, sem diabetes e com pelo menos uma comorbidade relacionada à obesidade.

    “Por conta do interesse em torno de medicamentos para o tratamento da obesidade, nós realizamos este estudo para suportar tanto os profissionais de saúde quanto os pacientes, para que possam tomar as decisões de tratamento mais adequadas e baseadas em evidências científicas”, afirma Leonard Glass, vice-presidente sênior de assuntos médicos globais da área de cardiometabolismo da Lilly, em comunicado.

    “Estamos muito animados com os resultados divulgados hoje e que mostram como a tirzepatida ajudou os pacientes a alcançarem 47% a mais de perda de peso relativa em comparação à semaglutida. A tirzepatida é uma classe única de medicamentos e é a primeira aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, com ação dupla nos receptores GIP e GLP-1 para obesidade, e está mudando como milhões de pessoas tratam essa doença crônica”, complementa.

    No Brasil, o Wegovy é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento da obesidade, e já está disponível nas farmácias para comercialização. Já o Mounjaro foi aprovado para o tratamento de adultos com diabetes tipo 2 em setembro de 2023. A Eli Lilly já submeteu o uso do medicamento para o tratamento da obesidade para aprovação regulatória da Anvisa, e aguarda sua avaliação, segundo comunicado.

    Como o estudo foi feito?

    O SURMOUNT-5 comparou a eficácia e a segurança do Mounjaro com Wegovy em adultos com obesidade ou sobrepeso com, pelo menos, uma das seguintes comorbidades: hipertensão, dislipidemia, apneia obstrutiva do sono ou doença cardiovascular. Nenhum dos participantes tinham diabetes.

    O estudo randomizou (distribuiu de forma aleatória) 751 participantes dos Estados Unidos e de Porto Rico em uma proporção de 1:1 para receber a dose máxima tolerada de Mounjaro (10 mg ou 15 mg) ou Wegovy (1,7 mg ou 2,4 mg).

    O objetivo principal do estudo foi avaliar a superioridade do Mounjaro em comparação com Wegovy na mudança percentual do peso corporal em relação ao valor basal ao longo de 72 semanas.

    Mounjaro e Wegovy: qual é a diferença?

    O Wegovy e o Mounjaro, apesar de terem resultados semelhantes, são compostos por princípios ativos diferentes.

    O primeiro é composto pela semaglutida, uma droga da classe dos análogos do hormônio GLP-1 que atua na secreção de insulina pelo pâncreas, regulando a glicose no sangue e promovendo, também, a redução do apetite, conforme explica Lorena Lima Amato, em matéria publicada anteriormente na CNN. A semaglutida é o mesmo princípio ativo do Ozempic, indicado para o tratamento do diabetes tipo 2.

    Já o Mounjaro é composto de tirzepatida, uma molécula agonista duplo de GLP-1 e GIP, hormônios gerados no intestino e liberados depois das refeições. Isso significa que o medicamento tem a capacidade de estimular a ação tanto do GLP-1 quanto do GIP, aumentando a produção de insulina pelo pâncreas para manter o controle do açúcar no sangue.

    Em estudos anteriores, o Mounjaro já tinha mostrado ser mais potente que o Ozempic e o Wegovy para a perda de peso. Na análise, ambos os medicamentos foram eficazes para o emagrecimento, mas 82% das pessoas que tomaram tirzepatida alcançaram uma redução de 5% do peso inicial após um ano de uso, em comparação com cerca de 67% daquelas que tomaram semaglutida.

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